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Por Jornal Nacional


Escola em Campinas (SP) oferece moradia, alimentação e transporte para quem quiser ser um cientista

Escola em Campinas (SP) oferece moradia, alimentação e transporte para quem quiser ser um cientista

Uma escola no interior de São Paulo está oferecendo moradia, alimentação e transporte para quem quiser ser um cientista.

O Sirius, instalado em Campinas, no interior de São Paulo, é um dos aceleradores de partículas mais avançados que existem no mundo. A estrutura para pesquisas científicas tem o tamanho de um estádio de futebol e também é uma grande sala de aula para jovens estudantes como Gabriel, de Manaus.

Escola em Campinas (SP) oferece moradia, alimentação e transporte para quem quer ser cientista — Foto: Jornal Nacional

“Eu nem fazia ideia que a gente tinha um acelerador de partículas aqui no Brasil. Então, foi algo assim que me maravilhou e estar aqui para mim é muito importante”, diz o estudante.

Ele é aluno da Ilum, uma escola de ensino superior gratuita criada em Campinas por professores e pesquisadores no CNPEM - o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais que é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A proposta é formar grandes cientistas.

“Como é que nós poderíamos fazer isso dando uma formação interdisciplinar, olhando os temas do momento? Inteligência artificial, mudanças climáticas, energia, materiais quânticos. Como é que esses alunos podem fazer isso? Como você está vendo aqui, são mesas e cadeiras, não são carteiras. Eles chegam em uma interação diferente com o professor”, afirma Adalberto Fazzio, diretor da Ilum.

Barbara da Paixão Rodrigues estudava para o vestibular de Medicina quando descobriu esse curso. Hoje, acumula conhecimentos de nanotecnologia e de inteligência artificial, por exemplo.

“Eu gosto da Medicina justamente por causa da ciência, poder descobrir como que o corpo humano funciona, entender todas as interações que acontecem ali”, diz a estudante.

Além da metodologia, a escola tem laboratórios de última geração. Os alunos também trocam experiências e participam de projetos com pesquisadores do centro.

“Esses alunos vão poder passar tempo aqui comigo aprendendo sobre esse mundo da física de partículas, em outro semestre trabalhar no laboratório de biociências ou no de biorrenováveis. Então, eles vão poder ter uma formação muito mais ampla no sentido de trabalhar com diferentes assuntos do meio científico, diferentes fronteiras científicas que a gente tem aqui no centro”, explica o pesquisador Pedro de Noronha Muniz.

Assim como as disciplinas e rotina de estudos, o processo seletivo também é um pouco diferente das outras universidades. O candidato só precisa da nota do Enem, e o que define que o aluno vai ter uma vaga é uma carta de intenção e a entrevista. Depois de aprovado, o futuro cientista recebe moradia, alimentação transporte e computador pessoal.

Graças a esses benefícios, a estudante Beatriz conseguiu se mudar de Aracaju para Campinas. Ela sempre estudou em escolas públicas e é a primeira na família a fazer um curso superior.

“Sempre gostei muito dessa área de fazer experimentos. Eu acredito na Ciência Brasileira. A Ciência tem que ser feita por pessoas que são daqui, que têm essa vontade e o que nos falta às vezes é oportunidade”, diz Beatriz.

"A gente precisa de jovens movimentando e perguntando. Jovens audaciosos. É isso que a gente tenta formar aqui. Não existe país desenvolvido sem uma ciência forte", afirma Adalberto Fazzio, diretor da Ilum.

As inscrições para o processo seletivo da Ilum terminam nesta quarta-feira (20). Saiba como se inscrever.

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