Sarah Freire e sua equipe desenvolveram projeto para detecção de inflamação no fígado por meio da retina do paciente
A egressa da primeira turma da Ilum Escola de Ciência, a faculdade do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), Sarah Freire, conquistou dois prêmios no MIT Hacking Medicine, primeiro hackathon de saúde do Massachusetts Institute of Technology (MIT) realizado no Brasil.
O evento, que já passou por diversas partes do mundo desde sua criação, em 2011, ocorreu nos dias 18 e 19 de outubro, no Hospital Israelita Albert Einstein e reuniu estudantes, pesquisadores e profissionais de diversas áreas com o objetivo de propor soluções inovadoras para desafios reais na área da saúde, unindo ciência, tecnologia, design e empreendedorismo.
Em sua primeira edição brasileira, a competição teve mais de 500 inscritos, dos quais 200 participantes foram selecionados para os dois dias de imersão. Sarah e sua equipe desenvolveram o projeto “Eyes on MASH”, um sistema que utiliza machine learning (ou aprendizado de máquina) para analisar imagens de retinografia — obtidas por dispositivos portáteis ou convencionais — e detectar sinais iniciais de MASH (esteato-hepatite, associada à disfunção metabólica, que é uma doença hepática manifestada pelo acúmulo de gordura). A proposta garantiu à equipe o terceiro lugar no desafio “Best use of GenAI in Healthcare using Intersystems Iris Vector Search”, relacionado ao uso de uma ferramenta de Inteligência Artificial, e foi o quinto melhor projeto na trilha de MASH.
“Foi uma experiência intensa e transformadora. Tivemos apenas 48 horas para idealizar e apresentar uma solução completa, com o apoio de mentores do MIT e da indústria. Aprendi muito sobre o processo de inovação em saúde e sobre o poder da colaboração entre áreas diferentes”, conta Sarah.
Atualmente, Sarah cursa Mestrado em Ciências da Saúde no Albert Einstein e realiza suas pesquisas em laboratório da Universidade de São Paulo (USP). Ela desenvolve projeto de machine learning voltado à obesidade, relacionando ciência de dados e saúde.
Para ela, a trajetória iniciada na Ilum, em 2022, foi determinante para consolidar sua vocação científica. “A Ilum me ensinou a transitar entre áreas, a pensar criticamente e a comunicar ideias complexas com clareza. Essa base foi essencial para conseguir colaborar com pessoas de diferentes formações e transformar conhecimento em solução prática”, afirma.
O sucesso de Sarah demonstra o impacto da formação oferecida pela Ilum, que busca formar cientistas preparados para lidar com os desafios atuais por meio de uma educação interdisciplinar, inovadora e conectada com o mundo real.
“Sempre que falo sobre meu curso, percebo o quanto a proposta da Ilum desperta curiosidade e admiração. A experiência de estudar em um ambiente que valoriza a interdisciplinaridade e o aprendizado pela prática foi fundamental para minha carreira”, completa.
Sobre a Ilum Escola de Ciência
A Ilum é uma escola de Ensino Superior gratuita, que emprega uma abordagem interdisciplinar para a formação de cientistas e profissionais em Ciência e Tecnologia. Com um modelo educacional inovador, o bacharelado de três anos oferece aulas em tempo integral, conectando Ciências da Vida, Ciências da Matéria, Ciência de Dados, Inteligência Artificial e Humanidades para formar pesquisadores aptos a atuar de forma ética e colaborativa na busca por soluções às questões globais do século XXI. A Ilum é financiada pelo Ministério da Educação (MEC) e integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Sua proposta de ensino oferece contato precoce com atividades experimentais, seja nos laboratórios didáticos da Ilum ou no CNPEM, em projetos desenvolvidos junto aos pesquisadores.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, o CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. As atividades de pesquisa e desenvolvimento do CNPEM são realizadas por seus Laboratórios Nacionais de: Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além de sua unidade de Tecnologia (DAT) e da Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).







